[Mac-BR] Apple: mais funcionários e menos lucro

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Apple: mais funcionários e menos lucro

Número de empregados cresceu 30% em um ano, revela documento oficial. Já a rentabilidade é decrescente, derrubada por itens como o iPad 

Comunicado divulgado nesta quinta-feira pela Apple traz duas informações relevantes sobre a empresa americana de tecnologia. Em primeiro lugar, o quadro de funcionários da companhia liderada por Steve Jobs cresceu cerca de 30% no último ano. Segundo, mas não menos importante, a empresa adiantou ao mercado que espera uma queda em sua margem bruta de lucro nos próximos trimestres. As informações fazem parte de documentos encaminhados à Securities and Exchange Commission, autoridade regulatória dos Estados Unidos, nesta quarta-feira.

O número de funcionários que atuam na companhia em tempo integral passou de 34.300 pessoas para 46.600, dado do trimestre encerrado em 25 de setembro. O maior acréscimo ocorreu no segmento de varejo, setor da empresa que agora conta com 26.500 profissionais, 10.000 a mais do que em 2009. A Apple opera 317 lojas, ante as 273 de um ano atrás.

A redução na margem de lucros é devida, segundo a própria companhia, à inclusão em sua linha de produtos de itens menos rentáveis - caso do iPad. A rentabilidade de 2010 ficou em 39,4%, ante 40,1% de 2009.

O iPad foi lançado em abril e, embora tenha sido o primeiro tablet a chegar ao mercado, estabeleceu uma política de preços agressiva. Na prática, isso significa, menores margens de lucro. Os analistas antecipam que, à medida que o faturamento do item avança na receita global da Apple, a rentabilidade da marca cai. É o inverso do que ocorrera com o iPhone, que vinha elevando a lucratividade da companhia desde seu lançamento, em 2007.

Em seu documento, a Apple aponta ainda outra razão para o eventual lucro futuro decrescente: "Possíveis aumentos nos preços dos componentes, entre outros custos". A empresa havia feito comentários semelhantes no ano passado.

Diante do quadro, a companhia estima margem de 36% para o trimestre que se encerra em dezembro. Os investimentos devem girar ao redor de 4 bilhões de dólares no ano fiscal de 2011, incluindo 600 milhões de dólares na instalação de lojas - devem ser abertos entre quarenta e cinquenta pontos, mais da metade deles fora dos Estados Unidos. Neste ano, o investimento ficou em 2,6 bilhões de dólares, com 404 milhões de dólares destinados a lojas.

(Com agência Reuters)
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