[Mac-BR] Ponto de vista interessante: iPad + sem flash

Jack M. Sickermann jack_sickermann em mac.com
Segunda Fevereiro 1 11:39:40 PST 2010


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A perda do fator uauBruno Nogueira 
JORNALISTA E DOUTORANDO EM COMUNICAÇÃO 

Nosso sistema de autodefesa não permite que algo nos assuste duas vezes.

É o que justifica os filmes de terror serem cada vez mais extremos. É o que explica como um artista como Marilyn Manson e músicas como o nu metal conseguem chegar a existir. Desde a virada do milênio, quando Steve Jobs apresentou a todos a primeira versão do iPod e a ideia de que você carregaria por aí toda sua coleção de música, que fomos instantaneamente anestesiados para qualquer produto que tenha a logo da maçã impresso.

A Apple perdeu seu “fator uau” no momento em que o usou pela primeira vez. Por isso que o iPad – que talvez nem vá se chamar mais assim, já que a marca foi reivindicada por outra empresa – é lançado essa semana com um clima de apatia.

Desacreditar no hype parece mais interessante que o reforçar. Seria curioso ver esse ceticismo na época em que o primeiro iPod foi lançado pelo mesmo preço – US$ 499 – e também sem USB, somente com conexão firewire. Se um aparelho tão mais limitado conseguiu definir a maneira como consumimos música hoje em dia (no fetiche “tenho mais gigas de MP3 que você”, na forma de organizar, acessar e até ouvir), desacreditar no iPad seria um grande ato falho.

O impacto do gadget infelizmente não pode ser analisado de uma perspectiva brasileira, já que o país ainda não avançou em nada na formação de mercado de consumo de bens culturais digitais. Mas essa pode ser uma primeira investida de sucesso para a indústria editorial, algo que o Kindle simplesmente não tem capacidade de fazer. Afinal, consumo não se trata de praticidade, mas de desejo. E por não perceber isso que o aparelho da Amazon atinge apenas ratos de bibliotecas.

Lembre-se que a Apple conseguiu fazer acordo com gravadoras que ninguém até então havia conseguido.

A atual lista de falhas do aparelho é bem adolescente.

Afinal, o desafio de Steve Jobs agora é muito maior que fazer o iPad tirar fotos.

A Apple entrou com os dois pés em uma briga que até então era quase exclusiva da Google: a da computação nas nuvens. Convencer o usuário comum que ter os arquivos online é melhor que carregá-los fisicamente não será fácil. Mas eles conseguiram fazer isso com a música, que ainda hoje tem o tal papo do “ritual de ver o encarte”, então apostar em Jobs ainda é algo sensato.

Quanto à falta de câmera, entrada USB etc: em seis anos o iPod deixou de ter 5gb para ter 160gb, suporte para vídeo, tela touchscreen, aplicativos e até fazer ligações.

Imagina o quanto o iPad não vai ter evoluído na metade desse tempo.
Segunda-feira, 1 de Fevereiro de 2010


Ciência e Tecnologia
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"Adobe é uma carroça", diz Jobs sobre ausência no iPad


Portal Terra


SÃO PAULO - Depois de todo grande anúncio público, Steve Jobs, o principal executivo da Apple, frequentemente tira um ou dois dias para responder a perguntas dos empregados na sede da empresa, na Califórnia, Estados Unidos. O ritual não é dos mais cômodos - para os concorrentes. Desta vez dois temas foram recorrentes: Google e Adobe.

No início de janeiro, o mais importante serviço de buscas da internet lançou seu primeiro celular - Nexus One - enquanto Jobs, no mesmo dia, anunciava que o iTunes havia chegado a três bilhões de apelicativos vendidos. Na ocasião, Jobs afirmou não ver "nenhum sinal de competição em breve". Na semana passada, após o lançamento dop iPad, a ausência de suporte ao Adobe Flash - que também não está presente no iPhone, três anos depois do lançamento- foi motivo de críticas diante da possibilidade de que os compradores do aparelho não possam rodar vídeos no YouTube, o site mais popular do gênero no mundo.

De acordo com a revista Wired, Jobs aproveitou uma audiência de funcionários - a imprensa não acompanhou o evento - para comentar os dois temas.

Sobre o Google: "Não não entramos no negócio de buscas, eles entraram no de telefones. Não há dúvida de que querem matar o iPhone. Não vamos deixar". E depois, interrompendo um funcionário que perguntava sobre outro assunto, voltou ao tema. "Esse mantra Don´t be evil (Não seja mau). É bobagem" (em outra versão, segundo a Wired, é de que ele disse na verdade ser um "monte de m."). A audiência rugiu de satisfação.

E sobre a Adobe?

"Eles são preguiçosos", Jobs respondeu. "Eles têm todo esse potencial de fazer coisas interessantes, mas simplesmente se recusam. Eles não fazem nada com a abordagem que a Apple está fazendo. A Apple não usa Adobe porque é uma carroça. Quando o Mac trava frequentemente é por causa do Flash. Ninguém vai usar Flash. O mundo está se movendo para o HMTL5".

O mundo, é claro, inclui o Google, que anunciou estar testando o HMTL5 no YouTube, o que pode, no futuro, tornar inútil a polêmica sobre o Flaxh x Ipad.


16:03 - 01/02/2010
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