[Mac-BR] Apple e Processadores (era Re: processador)

Mario Jorge Passos mj at passos.net
Fri Jun 12 06:48:14 PDT 2020


Jorge,

Um pouco mais:  IBM não quis desenvolver um G5 power-efficient para portáteis sem um investimento de centenas de milhões por parte da da Apple, porque a Apple seria o único cliente para esses processadores. _Talvez_ fosse possível ter PowerPC’s G5, G6, etc, para portáteis, mas seria um negócio Apple/IBM, que custaria caro à Apple. Sem a boa vontade da IBM que, na época ainda competia pelo mercado de hardware. Hoje a IBM é o maior cliente corporativo da Apple. Sim, pessoal, na IBM muita gente usa Macs, não sei se a maioria, mas com certeza muita gente. 

Os PowerBooks estavam estacionados no G4 enquanto havia desktops G5, e o mercado reclamava.

Foi uma decisão comercial, não técnica, no meu entender. E Apple passou a ter com a Intel uma posição de “mando de campo”. A tecnologia Thunderbolt, da Intel, até a véspera do lançamento do primeiro MacBook com Thunderbolt, o MacBook Por 15” de 2011, (o primeiro computador a usar o produto) tinha outro nome no site da Intel - Light Peak . No dia seguinte, se chamava Thunderbolt. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. :-)

Hoje crescem os boatos que a Apple adotaria a arquitetura ARM em todos os seus produtos — já usa nos iPads, iPhones, Apple TV’s… —, dando um chute no traseiro da Intel. Ela pode mandar fazer os processadores onde quiser, como já faz, além de ja ter pelo menos uma fábrica. 

Mas boatos em relação à Apple e nada não tem muita diferença :-)

abraço,

mj

> On 12 Jun 2020, at 07:36, Jorge Maia <jh.maia at yahoo.com.br> wrote:
> 
> Olá, Mário
> 
> Mais detalhado é isso. Mas teve a questão da eficiência energética também, pois o Power-PC nos Notebooks esquentariam em demasia, tanto que não houve Power-PC G5 em powerbooks (os Notebooks da Apple da época).
> 
> E a “desculpa” para quem sempre desdenhou dos Intel e de uma hora para outra precisava adotá-las, foi a história da eficiência energética, que o planejamento do desenvolvimento da arquitetura CISC dos Intel era superior, com o decorrer do tempo, à arquitetura RISC do PowerPC. Eu também me lembro das propagandas da Apple “queimando” o intel. Nada como um dia após o outro...
> 
> Abraços
> 
> Jorge Maia
> Porto - Portugal
> 
>> Em 04/06/2020, à(s) 20:36, Mario Jorge Passos <mj at passos.net <mailto:mj at passos.net>> escreveu:
>> 
>> Jorge, 
>> 
>> Agora vou discordar de você.
>> 
>> A Apple mudou de Power-PC para Intel porque a IBM, que era a única a ainda fazer processadores para computador da família Power-PC, uma joint venture Apple/Motorola/IBM não estava disposta a fabricar processadores novos para laptops. A Motorola ainda fabricava processadores com essa arquitetura para, se lembro bem, apenas para videogames. A IBM fabricava para os próprios servidores, e continua a fazer. Não havia fornecedor além deles. E a IBM teria dito que só desenvolveria uma linha de processadores para desktop em troca de um investimento da Apple na casa das centenas de milhões de dólares. A Apple havia acabado de comprar a NeXT, para renovar o macOS com o OpenStep, da NeXT, que originalmente rodava em Intel, e havia sido portado pelos engenheiros da NeXT para PowerPC, o que resolveu o problema da venda. Migrar foi fácil.
>> 
>> A Apple sempre publicou que a arquitetura RISC dos PowerPC’s (Power, para a IBM de hoje) era superior à arquitetura RISC dos Intel. Eu ainda tenho adesivos de propaganda da Apple com um caramujo em cima de um processador Intel. E, mais, eu assisti Steve Jobs demonstrando como o Photoshop rodava muito mais rápido em um Mac do que em um PC rodando Windows. 
>> 
>> Abraço,
>> 
>> Mario Jorge
>> 
>>> On 4 Jun 2020, at 11:15, Jorge Maia <jh.maia at yahoo.com.br <mailto:jh.maia at yahoo.com.br>> wrote:
>>> 
>>> Em “teoria”, um processador consegue ter mais performance por outros fatores que apenas o clock. O processo de construção, por exemplo. Hipoteticamente falando, um processador com processo de manufatura de 10nm (nanômetros) e um de 6nm, mesmo que com o mesmo clock (GHz), há grandes chances (quase certeza) que o de 6nm é muito mais rápido, pois cabem muito mais transistores no mesmo espaço.
>>> 
>>> Há muitos anos, o desafio era cada vez mais aumentar o clock, pois não se conseguia mexer muito no processo de fabricação. Lembro que os primeiros PCs que eu montei tinham clock de 4,77MHz (sim, MHz, não GHz), que foram subindo rapidamente (quem é das antigas vai lembrar dos PCs de 8MHz, 25MHz, 33MHz, 66MHz, 100MHz, 133MHz, etc e suas nomenclaturas da época - DX-33, DX2-50, DX4-100, etc).
>>> 
>>> Quando chegamos na casa dos GHz, depois de um tempo meio que alguns limites foram estabelecidos e, em vez de apenas aumentar o clock, foram melhoradas as tecnologias de construção, com cada vez mais transistores (por estarem mais “juntos”). Isso faz com que, ao passo que diminui a distância a ser percorrida pelos sinais, ele seja mais rápido. Aumentar muito o clock provoca aquecimento, e então o grande desafio é equilibrar essa equação.
>>> 
>>> Lembra da história da Eficiência Energética, que foi um dos motivos da Apple mudar dos Power-PC para Intel?
>>> 
>>> Bom, divaguei um pouco. Mas de maneira bem simplista é isso. Olha essa imagem para ter uma ideia.
>> 
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